Em 1962, Marcolino Castro foi novamente reeleito Presidente da Direcção do Feirense e em Junho do mesmo ano, numa entrevista ao jornal “A Bola”, proferiu uma frase histórica que ficou para a posteridade: “Não podemos pagar caro porque queremos pagar sempre”. Ainda em 1962, o Sr. Marcolino Castro e a esposa, D. Maria de Sá Castro, quando concluídas as obras do novo Estádio, doaram o terreno ao C.D. Feirense, para nele praticar o desporto rei, exclusivamente destinado a parque de jogos de qualquer modalidade desportiva. A construção desta primeira fase das obras demorou apenas 58 dias e custou 600 contos.
Em 16 de Setembro de 1962, foi inaugurado o Estádio Marcolino Castro na Vila da Feira, com dois jogos a abrilhantar a festa. O Sp. Espinho venceu a Sanjoanense por 3-1 e o Feirense empatou com o Beira Mar, sem golos.
Em 1962/63, registou-se a primeira participação do Feirense no Campeonato Nacional da 1ª Divisão. A estreia do Feirense no escalão maior foi em Outubro de 1962, no Estádio das Antas, no Porto. O Feirense foi derrotado por 3-1, com golo de Brandão. O Feirense alinhou com: Martin, Dinis, Aurélio, Jambane, Brandão, Campanhã, Medeiros, Rui Maia, Silva, Ramalho e Eduardo. Em Março de 1963, a recepção do Feirense ao Benfica foi significativa para a Vila da Feira, com a presença do bi-campeão europeu no Estádio Marcolino Castro, que viveu um dos seus maiores dias desportivos de sempre, com o estádio a ter uma enorme assistência, cerca de 15.000 espectadores. O Feirense esteve a vencer por 1-0, com golo de Brandão, mas acabou por ser derrotado por 6-1, com quatro golos de Eusébio e dois de Torres. O treinador do Feirense era Artur Baeta. A inexperiência do Feirense reflectiu-se no 14º e último lugar da classificação com sete pontos e consequente descida para a 2ª Divisão Nacional. Na Taça de Portugal, o Feirense, ainda antes do início do campeonato, afastou o Boavista, sendo posteriormente afastado pelo F.C. Porto, no Estádio das Antas, após derrota por 9-0.
Em 1963 António Lamoso Regal de Castro foi eleito presidente do Feirense. Em 1963/4 o Feirense efetuou um Campeonato Nacional da 2ª Divisão tranquilo e obteve o quinto lugar na classificação.

No 2º plano: Magalhães (massagista), Marciano, Dinis, Aurélio, Campanhã, Jambane e Martin.
No 1º plano: Medeiros, Barroca, Brandão, Rui Maia, Ramalho e Eduardo.
In: “Breve História Cronológica do Clube Desportivo Feirense” por Luis Filipe Higino.